sexta-feira, 5 de março de 2010

O Jogo

“Que jogo sacana esse seu olhar!” disse Augusto, enquanto tragava a fumaça do cigarro. Rita, ainda cansada de prazer, não se revoltou ao ouvir as palavras do parceiro de cama a chamando por tabela de dissimulada. “– Por quê? Você não gosta do meu olhar?”, perguntou ela, focando os olhos no rosto de Augusto. “– Gosto”, respondeu ele um pouco tímido, “- Me fascina o jogo de sedução”. “– Mas eu não costumo jogar. No jogo sempre há um perdedor”, argumentou ela tirando o cigarro da mão do companheiro. Depois dormiram, ele primeiro, enquanto ela ainda pensava na próxima disputa.