“Que jogo sacana esse seu olhar!” disse Augusto, enquanto tragava a fumaça do cigarro. Rita, ainda cansada de prazer, não se revoltou ao ouvir as palavras do parceiro de cama a chamando por tabela de dissimulada. “– Por quê? Você não gosta do meu olhar?”, perguntou ela, focando os olhos no rosto de Augusto. “– Gosto”, respondeu ele um pouco tímido, “- Me fascina o jogo de sedução”. “– Mas eu não costumo jogar. No jogo sempre há um perdedor”, argumentou ela tirando o cigarro da mão do companheiro. Depois dormiram, ele primeiro, enquanto ela ainda pensava na próxima disputa.
Um comentário:
Ela conhece perfeitamente o Calcanhar de Aquiles dele, não só dele mas como de muitos outros... aquele olhar selvagem já havia dilacerado tantos corações.
Pobre Augusto, mal sabe ele que é nada mais do que um passa-tempo nas mão daquela tigreza
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