Nunca fui bom em metáforas. A realidade não camuflada é como um soco no estômago. Dói no início, depois passa. 2011 foi como um soco no estômago. Começou dolorido: encarar a realidade não é fácil. O problema foi aquele dezembro de 2010 que terminou esperançoso. Não que eu acreditasse em conto de fadas, mas, estupidamente, flertei com os magos.
Não. Não deu certo. Cara no trabalho, olhos nos estudos. A receita italiana deu certo. O ano ruim virou bom, pelo menos profissionalmente. Trabalho. Trabalho. Trabalho. Rendeu convites, superou expectativas. Dezembro de 2011 acabou mais acanhado do que o do ano anterior. Tanto que ainda nem pensei em simpatias para a virada. Um brinde a Marcel Proust. Sempre vale buscar o tempo perdido.
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