quarta-feira, 20 de abril de 2011

Uma pseudo-quarta-feira qualquer

Penso às vezes que quando estiver pronto,
um dia qualquer, um dia igual hoje,
vou encontrar você claro e calmo sentado
no Bar, à minha espera. (Caio F.)

Eu vejo, por detrás do vidro, o verde das árvores que insistem em permanecer retas, mesmo com o vento. O sol joga os raios sobre os galhos. E a planta parece simplesmente lagartear. Talvez eu quisesse ser uma planta, vida calma. Mas apenas talvez.

Hoje é pseudo-quarta-feira. Sim, meio sexta. Daquelas semanas em que o fim chega antes. E eu vou viajar. Voltar aos tempos de infância na minha terra do nunca. A diferença é que lá não dá pra ser eternamente criança.

Escrevo isso porque tenho pensado em você e não somos mais crianças. Não, não nutro expectativas de volta. Mas, mesmo assim, tenho pensado em você e é estranho isso. Pensei no feriado que se aproxima e em como gostaria de não viajar, em ficar por aqui. Comer chocolate com você, ficar com você, ter você.

Doidos pensamentos. Não vai acontecer. Sou teimoso. Afinal, como diria Caio: “constantemente sinto saudade das coisas que perco, mas não as quero de volta. Já doeu uma vez”.

Lá fora, o vento, o sol e as plantas permanecem. Enquanto aqui dentro eu tento te varrer pra junto das plantas.

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