Eu vejo, por detrás do vidro, o verde das árvores que insistem em permanecer retas, mesmo com o vento. O sol joga os raios sobre os galhos. E a planta parece simplesmente lagartear. Talvez eu quisesse ser uma planta, vida calma. Mas apenas talvez.
Hoje é pseudo-quarta-feira. Sim, meio sexta. Daquelas semanas em que o fim chega antes. E eu vou viajar. Voltar aos tempos de infância na minha terra do nunca. A diferença é que lá não dá pra ser eternamente criança.
Escrevo isso porque tenho pensado em você e não somos mais crianças. Não, não nutro expectativas de volta. Mas, mesmo assim, tenho pensado em você e é estranho isso. Pensei no feriado que se aproxima e em como gostaria de não viajar, em ficar por aqui. Comer chocolate com você, ficar com você, ter você.
Doidos pensamentos. Não vai acontecer. Sou teimoso. Afinal, como diria Caio: “constantemente sinto saudade das coisas que perco, mas não as quero de volta. Já doeu uma vez”.
Lá fora, o vento, o sol e as plantas permanecem. Enquanto aqui dentro eu tento te varrer pra junto das plantas.
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